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Campo Grande tem nova agressão a criança, 1 ano após caso Sophia

Assim como no episódio da menina, mãe e padrasto são investigados; menino de 2 anos teve morte cerebral constatada

Publicada em 02/02/2024 às 11:35h - 29 visualizações

por Correio do Estado


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Delegada Nelly Macedo, da DEPCA, durante coletiva de imprensa - GERSON OLIVEIRA  (Foto: Correio do Estado)

No mês em que o caso da menina Sophia Ocampo completou um ano, Campo Grande registrou história parecida, porém, com outros personagens. A polícia investiga, assim como foi em 2023, uma mãe e um padrasto que teriam espancado uma criança de 2 anos, que passou por exames que constataram sua morte cerebral. 

O menino está internado na Santa Casa. Crime ocorreu no dia 23 de janeiro, em uma casa abandonada no Jardim Colibri. Segundo testemunhas, a criança de 2 anos teve traumatismo craniano grave e está internada desde então.

A mãe e o padrasto haviam dado justificativas diferentes sobre como o fato ocorreu. Após checar todas elas, a polícia concluiu que o bebê foi espancado e prendeu a dupla. Segundo vizinhos, o menino de 2 anos e a sua irmã de 4 anos já tinham sido vistos na região aparentando sinais de maus-tratos.

De acordo com moradores da região do Bairro Los Angeles, onde a mãe e o padrasto do bebê moravam, havia desconfianças de que os filhos do casal não eram bem cuidados. 

Sinais como roupas sujas e a aparência dos menores, indicando terem fome, foram observados por vizinhos. Alguns moradores acreditavam que o padastro das crianças batia nelas. "Têm uma amiga minha que até entrou na casa deles, porque eles estavam tendo relação sexual e as crianças estavam trancadas para o lado de fora, na chuva, para não atrapalhar os dois", informou uma testemunha.

De acordo com a avó das crianças, que foi ouvida pela reportagem do Correio do Estado, enquanto estava vivendo com a mãe e os pequenos, o padastro não dava o devido cuidado para os menores.

O casal não trabalhava e só conseguia dar comida, roupas limpas e cuidados adequados para as crianças com a ajuda da avó, que oferecia esse auxílio quando a sua filha, de 19 anos, que é a mãe dos pequenos de 2 e 4 anos, a procurava.

Conforme a avó e conhecidos do casal, todo esse descaso com a saúde física das crianças começou a acorrer de fato há oito meses, quando a mulher começou a manter relação com o padastro.

PAI BIOLÓGICO

Quando as crianças viviam com a sua mãe e o pai biológico delas, que tem em torno de 30 anos, a realidade era outra. Os pais eram vistos com os dois menores andando no bairro ou indo ao supermercado, e as crianças aparentavam estar bem cuidadas, conforme informado pela advogada do pai das crianças, Eleudi Silva. "O pai da criança é trabalhador, paga pensão e está buscando nesse momento a guarda delas", contou.
A ausência dele nesses oito meses seria porque ele aceitou um trabalho para construir uma piscina no interior do Estado, localidade em que ele acabou sendo preso, ficando cerca de seis meses detido.

A advogada explicou que essa prisão teria acontecido por conta de um acidente de trabalho, no qual ele responde em liberdade. O pai só foi preso pelo período por conta do seu não comparecimento à Justiça, 
a fim de dar explicações sobre o caso. Nesse tempo em que ele esteve ausente, a mãe das crianças vem se relacionando com um homem de 24 anos, que virou o padastro dos menores.

A partir dessa nova relação, os conhecidos do casal informaram que ambos usavam drogas, negligenciavam os cuidados com os filhos e se mudaram do Bairro Los Angeles após venderem os imóveis da kitnet onde estavam, para comprar entorpecentes.

O QUE DIZ A POLÍCIA

Segundo a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), as investigações sobre o caso apontam o padrasto e a mãe como os responsáveis pelo estado de saúde do menino.

Além da lesão no crânio, a criança apresentava lesões em órgãos vitais, como o pulmão e o fígado, além de líquido no abdômen e algumas escoriações nas pernas. O casal teve prisão temporária decretada, e agora a polícia aguarda os laudos periciais.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Nelly Macedo, o casal vive em situação de rua, o que dificultou a identificação do local onde as violências foram praticadas. Isso porque o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado a duas quadras da residência onde a família morava temporariamente, de forma irregular, durante a noite.

Além disso, as versões dos depoimentos eram confusas e inconsistentes. Foram apresentadas três narrativas, sendo a primeira delas de que o menino havia caído na rua.

"Em um primeiro momento, a nossa maior dificuldade foi estabelecer a dinâmica do que aconteceu com a criança. As diligências no local não deixavam conclusivas as situações. A mãe também chegou a relatar que a criança talvez teria caído dentro da casa em uma escada", comentou Nelly.

No hospital, foram identificadas as demais lesões nos órgãos vitais do menino, o que fez com que a primeira versão apresentada fosse descartada. "Nós começamos a suspeitar dessas dinâmicas narradas. Quando chegou a informação do grau das lesões que a criança havia sofrido, que eram lesões graves, isso nos fez suspeitar que não se tratava de um acidente, mas sim de algum ato violento contra essa criança", destacou a delegada.

Outra narrativa dita pelo casal era de que a criança teria caído quando eles invadiram a casa, já que eles precisavam pular o muro para entrar. "Mas é outra versão que também não condiz com as lesões", disse Nelly.

Sendo assim, as investigações constataram que o casal seria o autor das agressões, e ambos devem responder por tentativa de homicídio. "Essa criança sofreu violências, e não há dúvidas de que esses dois são os responsáveis", concluiu a delegada. As investigações ainda apuraram que o padastro de 24 anos já tinha passagens por violência doméstica e roubo.

SAIBA

Por meio de câmeras de segurança, a polícia identificou que o casal havia invadido uma residência que estava à venda no Bairro Jardim Colibri, onde passavam a noite. Segundo a polícia, a família vivia de casa em casa de forma irregular e chegou até a morar em uma Kombi abandonada.

(Colaborou Alanis Netto)




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